ANS aprova reajuste de até 6,06% nos planos de saúde individuais e familiares
Reajuste de 6,06% é o menor desde 2021 e se aplica apenas aos planos individuais e familiares. Críticas de consumidores crescem em meio ao aumento dos custos e lucros elevados das operadoras.
ANS aprova reajuste de planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, em 23 de outubro, um reajuste de 6,06% para planos de saúde individuais e familiares no Brasil.
Esse índice é válido de maio de 2025 a abril de 2026 e pode ser aplicado na data de aniversário dos contratos.
Importante: O reajuste não abrange planos de saúde coletivos (empresariais ou por adesão), que representam a maior parte do mercado.
O IPCA acumulou alta de 4,83% em 2024 e 5,32% nos 12 meses até maio de 2025. Porém, a ANS não compara o reajuste diretamente com a inflação, argumentando que considera a frequência de uso dos serviços.
O índice máximo de 6,06% é o mais baixo desde 2021, quando ocorreu um reajuste negativo de -8,19% durante a pandemia.
A revisão dos contratos coletivos é definida nas negociações entre operadoras, sem limite estipulado pela ANS, gerando reclamações constantes de usuários.
Em abril de 2025, o Brasil tinha 52,3 milhões de beneficiários de planos de saúde, sendo 8,6 milhões contratos individuais ou familiares.
As operadoras enfrentam críticas diversas, incluindo cancelamentos e aumentos nas mensalidades, enquanto relatam aumento nos custos devido à incorporação de novas tecnologias e ao envelhecimento da população.
No primeiro trimestre de 2025, as operadoras apresentaram lucro líquido de R$ 6,9 bilhões, superando mais que o dobro do lucro do mesmo período de 2024.