Antes de tarifaço, déficit comercial dos EUA registra recorde
Déficit comercial dos EUA atinge patamar histórico com forte aumento nas importações, principalmente de medicamentos. Expectativa é que crescimento das importações se stabilize, favorecendo recuperação econômica no curto prazo.
Déficit comercial dos EUA atinge recorde em março
O déficit comercial dos Estados Unidos cresceu 14%, alcançando a marca de US$ 140,5 bilhões (cerca de R$ 800 bilhões). Isso foi divulgado pelo Departamento de Comércio e reflete uma corrida das empresas para importar produtos, especialmente medicamentos, antes das tarifas generalizadas previstas pelo governo de Donald Trump.
As importações de bens de consumo tiveram um aumento significativo, com um recorde de 71% na entrada de medicamentos. Outros produtos, como equipamentos de capital e veículos, também registraram altas.
Esse crescimento no déficit foi um dos principais fatores para a contração da economia americana pela primeira vez desde 2022, com um recuo de 0,3% no PIB no primeiro trimestre.
Embora o aumento das importações tenha sido acelerado pela antecipação das tarifas, a agência Bloomberg indica que essa tendência pode estar se dissipando, conforme observações sobre a queda nos envios de contêineres da China.
- A importação de medicamentos: Atingiu um recorde de US$ 50,4 bilhões em março.
- Déficit com a Irlanda: Disparou para US$ 29,3 bilhões.
- Déficit com o Canadá: Diminuiu, enquanto o saldo negativo com o México permaneceu alto.
Exportações canadenses também caem
As exportações do Canadá para os EUA caíram 6,6%, a maior diminuição desde a pandemia. As trocas comerciais entre os países foram afetadas pelas tarifas impostas.
O déficit comercial do Canadá com o mundo diminuiu para 506 milhões de dólares canadenses (R$ 2,01 bilhões).
O panorama indica um impacto significativo das tarifas nas trocas comerciais entre EUA e Canadá, ao mesmo tempo que o aumento das importações nos EUA pode estar se normalizando.