“Ao ar livre”. A natureza de Monet quebra recordes no MASP
A nova exposição do MASP apresenta a vida e obra de Claude Monet, explorando suas lutas pessoais e a relação com a natureza. Com um recorde de público na abertura, a mostra reúne 32 obras que traçam a evolução da arte do pintor, destacando sua influência no movimento impressionista.
A Ecologia de Monet está em cartaz no MASP até 24 de agosto e retrata a vida do famoso pintor Claude Monet, marcada por perdas, crises financeiras e depressão.
Na primeira semana, a exposição quebrou o recorde de público, com mais de 15 mil visitantes.
A mostra traz 32 obras no total, sendo 30 telas emprestadas de mais de 20 instituições e duas do próprio MASP, após sete anos de pesquisa.
Curada por Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, a exposição é dividida em cinco núcleos, explorando a relação de Monet com a natureza.
Claude Monet nasceu em 1840 em Paris. Desde cedo, ele lidou com dificuldades financeiras, fazendo caricaturas para sobreviver. Sua vida pessoal também foi marcada por tragédias, como a perda de seu primeiro filho, que o levou a uma profunda depressão.
Após a morte de sua musa Camille, Monet mudou seu foco de retratos para paisagens, influenciado pelo pintor Eugene Boudin.
Monet se destacou ao pintar en plein air, apresentando obras que escandalizaram o mundo artístico da época. No Salão de 1874, sua pintura "Impressão, Nascer do Sol" originou o nome do grupo impressionistas.
A partir de 1879, Monet começou a ser reconhecido, e sua estabilidade financeira aumentou após mudar-se para Giverny, onde criou o cenário ideal para suas obras.
O núcleo “Giverny: Natureza Controlada” enfatiza a relação complexa de Monet com a natureza, mostrando sua intenção de adaptar o meio ambiente às suas necessidades artísticas.
Embora muitos estudiosos reconheçam seu foco na interação com a luz e a atmosfera, a associação de sua obra com a ecologia é debatida. Ao contrário de outros artistas como Frans Krajcberg, Monet não via seu trabalho como um protesto ambiental.
No final de sua vida, seu estilo mudou devido a problemas de visão, culminando nas conhecidas séries de Nymphéas, onde seu jardim se transformou em uma obra de arte viva.
Monet dizia: “Minha maior obra de arte é o meu jardim.”