Ao dizer que Gleisi é 'mulher bonita' para articular com o Congresso, Lula desagrada a própria equipe; veja gafes
A fala recente de Lula sobre a nova ministra de Relações Institucionais gera críticas por seu conteúdo machista. O governo intensifica esforços para minimizar as repercussões negativas de suas declarações improvisadas.
Improvisos de Lula complicam comunicação do governo
Nos últimos meses, falas improvisadas do presidente Lula têm gerado trabalho dobrado para seus assessores, exigindo a intervenção de ministros para contornar mal-entendidos.
Nesta quarta-feira, Lula comentou que, para captar a atenção do Congresso, estava escalando “uma mulher bonita” para a articulação política. Ele se referia à nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em um diálogo com os presidentes da Câmara e do Senado.
Essa declaração foi considerada machista e preconceituosa, insinuando que a beleza poderia garantir uma melhor função política, desmerecendo as capacidades profissionais da ministra.
Na semana passada, outra fala de Lula levou à necessidade de uma operação para mitigar o impacto de suas declarações sobre o agronegócio. Durante uma viagem, ele afirmou que, se as medidas para reduzir o preço dos alimentos não funcionassem, “medidas drásticas” poderiam ser adotadas.
Após essa declaração, o vice-presidente e o ministro da Agricultura foram mobilizados para esclarecer que não havia nenhuma medida drástica em consideração.