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Ao empurrar com a barriga, o governo quebra os cristais

Governos enfrentam descontentamento após aumentos de impostos e congelamento de despesas, levantando preocupações sobre a eficácia das medidas. A elevação do IOF para equilibrar o orçamento de 2025 gerou críticas e possibilidade de questionamento constitucional.

Insatisfação com medidas da Fazenda devido a ajustes no orçamento de 2025 que foram considerados irrealistas, subestimando despesas em R$ 26 bilhões e zerando a previsão de receita do Carf.

Foi congelado R$ 31 bilhões em despesas para cumprir regras fiscais, visando zerar um déficit previsto de R$ 31 bilhões e respeitar um teto de gastos com crescimento de 2,5%.

Aumento da carga tributária, especificamente do IOF, gerou descontentamento, similar a reações anteriores relacionadas a mudanças tributárias. A elevação do IOF foi vista como um retrocesso diante da falta de medidas para reduzir gastos.

Há também o risco de questionamento constitucional sobre a utilização do IOF para fins arrecadatórios sem aprovação do Congresso, além da possibilidade de um decreto legislativo para reverter a mudança.

As alíquotas do IOF, que historicamente não eram tão elevadas, estão agora projetadas para arrecadar quase R$ 20 bilhões este ano e o dobro em 2026, o que é considerado excessivo.

Aumentos no IOF prejudicam o crédito em um momento de juros altos e inadimplência crescente entre pequenas e médias empresas. Argumentos de que isso facilitaria cortes na Selic são considerados frágeis.

A estratégia atual do governo está sendo criticada por seu foco no curto prazo, resultando em falhas na credibilidade do Banco Central e expectativas de inflação acima da meta.

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