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Ao menos 96 brasileiros desistiram de doutorado sanduíche nos EUA

Desistências de pesquisadores refletem incertezas na pesquisa nos Estados Unidos, impulsionadas por cortes de verba e insegurança. A Capes busca alternativas para que estudantes não fiquem prejudicados em seus projetos de doutorado.

Desistências de Pesquisadores Brasileiros

Pelo menos 96 pesquisadores brasileiros desistiram de iniciar cursos de doutorado nos EUA, segundo a Capes. Esses pesquisadores teriam acesso a bolsas de doutorado sanduíche, mas optaram por mudar o destino ou adiar a pesquisa.

A presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho, atribui as desistências à insegurança transmitida pelo governo de Donald Trump, que cortou verbas para as instituições. Denise destacou que as desistências ocorreram antes da solicitação de visto.

Desde julho, a Capes faz pagamentos para que os estudantes viajem em setembro. Embora não haja restrições oficiais ou cortes nas bolsas, a oferta caiu de 880 para 350 bolsas comparado ao ano anterior.

Denise recomendou que os estudantes tenham um plano B, dada a situação científica dos EUA. Os países mais escolhidos pelos pesquisadores brasileiros incluem França, Portugal e Espanha. Em 10 anos, foram concedidas aproximadamente 9.000 bolsas para os EUA, mas apenas 49 para a China.

O presidente do Confap, Márcio de Araújo Pereira, mencionou que não há dados oficiais sobre impactos na ciência. Ele também afirmou que há uma procura crescente por parcerias com a União Europeia e o Reino Unido.

A Fundação Lemann concedeu 840 bolsas, 760 apenas nos EUA. Sua gerente, Nathalia Bustamante, enfatizou a importância de brasileiros nas universidades norte-americanas para promover a diversidade e o desenvolvimento do país.

As FAPs investiram mais de R$ 4,8 bilhões em 2024, superando os R$ 3,46 bilhões da Capes. Apesar das incertezas, o presidente do Confap não vê um rompimento com os EUA, destacando a necessidade de colaboração científica.

Com informações da Agência Brasil.

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