Apesar do pedido de Lula, Putin não faz parte da delegação russa para negociações com a Ucrânia
Lula encoraja Putin a participar das negociações de paz, mas presidência russa não confirma sua presença em Istambul. Zelenski estará presente e critica Moscou por prolongar o conflito na Ucrânia.
Presidentes Lula e Putin discutem a guerra na Ucrânia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com Vladimir Putin, incentivando sua participação nas negociações em curso com Volodmir Zelenski para encerrar a guerra na Ucrânia.
No entanto, Putin não está na delegação do Kremlin que participa das conversas em Istambul nesta quinta-feira, 15.
O governo brasileiro confirmou a ligação, ressaltando que a “composição das delegações de negociadores é uma prerrogativa soberana dos chefes de Estado”.
Lula expressou otimismo durante a coletiva em Pequim, esperando que russos e ucranianos começassem a “trocar palavras em vez de tiros”.
Página de fundo: Putin sugeriu as conversas em Istambul como resposta ao cessar-fogo de 30 dias proposto pela Ucrânia.
Enquanto isso, Zelenski confirmou presença em Istambul e acusou a Rússia de prolongar a guerra.
Recentemente, a Ucrânia pediu apoio ao Brasil e à China para convencer a Rússia a aceitar o cessar-fogo e iniciar negociações.
Lula já havia levado este apelo a Putin durante sua visita à Rússia para as celebrações do Dia da Vitória.
Após a visita, Lula seguiu para Pequim, onde se reuniu com Xi Jinping e ambos apoiaram as negociações, defendendo o diálogo como única forma de resolver o conflito.
Entretanto, o documento emitido não mencionou cessar-fogo ou garantias de segurança para a Ucrânia.
A Rússia deseja retomar as negociações baseado em uma proposta de 2022, que inclui a redução do poder militar ucraniano e vetos sobre assistência militar futura, além da proibição de adesão da Ucrânia à OTAN.