Apoiador de Bolsonaro, líder espírita Divaldo Franco morre aos 98 anos
Divaldo Franco, líder espírita de renome e fundador da Mansão do Caminho, faleceu aos 98 anos após batalha contra o câncer. Cerimônias de despedida estão agendadas em Salvador, onde sua contribuição ao espiritismo e à educação impactou milhares.
Divaldo Franco, um dos principais líderes do movimento espírita brasileiro, faleceu na 3ª feira (13.mai.2025) em Salvador devido à falência múltipla de órgãos. O médium tinha 98 anos e lutava contra um câncer na bexiga diagnosticado em novembro de 2024.
Um ato aberto ao público está ocorrendo nesta 4ª feira (14.mai), das 9h às 20h, no ginásio de esportes da Mansão do Caminho. O sepultamento será na 5ª feira (15.mai), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz.
Divaldo expressou opiniões sobre a política nacional em diversas ocasiões. Nas eleições de 2022, recebeu do então presidente Jair Bolsonaro a Insígnia da Ordem do Rio Branco, o que gerou debates no meio espírita.
Em 2019, em entrevista, afirmou: “Não acompanho política, mas não sou covarde e expresso minhas opiniões.” Ele se referiu a Bolsonaro como uma esperança, embora não aprovasse seus discursos. Em 2023, criticou as prisões relacionadas aos eventos de 8 de Janeiro em Brasília, chamando-as de “prisões estúpidas sem julgamento”.
Natural de Feira de Santana, Franco dedicou mais de 70 anos ao espiritismo e publicou mais de 250 livros, muitos psicografados. Apesar de não ter filhos biológicos, era considerado pai de 685 pessoas acolhidas na Mansão do Caminho.
Seu diagnóstico de câncer ocorreu em novembro de 2024, após 9 dias internado no Hospital São Rafael devido a desconfortos urinários. Seguiu tratamento com radioterapia e quimioterapia a partir de dezembro, e enfrentou internação em fevereiro de 2025 por infecção urinária, recebendo cuidados em casa desde então.