Após acusação do Hamas, Israel nega ter bombardeado armazém da ONU em Gaza
Israel desmente ataque a armazém da ONU em Gaza, enquanto bombardeios intensificam e críticas aumentam. A situação se agrava com a morte de oficiais do Hamas e novas ameaças do governo israelense.
Forças de Defesa de Israel (FDI) negaram, no dia 19, que Tel-Aviv tenha bombardeado um armazém da ONU na Faixa de Gaza.
O ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, acusou Israel de atacar o local, resultando na morte de um funcionário da ONU e deixando quatro feridos. As FDI solicitaram cautela a respeito de relatos não verificados.
Na noite de 17 de outubro, Israel retomou os bombardeios na Faixa de Gaza, alegando que o Hamas não estava disposto a negociar cessar-fogo e libertação de reféns. Desde então, mais de 400 pessoas morreram, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o ataque foi “apenas o começo” da campanha militar. O Hamas informou que pelo menos seis oficiais foram mortos nos ataques, incluindo líderes do governo civil e agências de segurança.
Israel também ordenou o deslocamento da população do leste de Gaza, indicando possíveis incursões terrestres futuras. O retorno aos bombardeios reforçou a posição política de Netanyahu, que viu o partido de extrema direita de Itamar Ben-Gvir retornar ao governo com a volta da hostilidade.
Um alto funcionário do Hamas afirmou que o retorno à guerra significa uma “sentença de morte” para os reféns israelenses, com 59 ainda no enclave, e acredita-se que apenas 24 estejam vivos. Relatos de reféns libertados indicam que famílias de pelo menos 13 sequestrados receberam confirmações sobre a sobrevivência de seus entes queridos.
O grupo terrorista divulgou vídeos de reféns, como Evyatar David e Guy Gilboa-Dalal, e de despedidas dos irmãos argentinos Eitan e Yair Horn, antes da libertação de Yair em fevereiro.