Após ameaças de Trump a Brics, China e Rússia tentam acalmar os ânimos
Brics se une em defesa do comércio global contra tarifas americanas, enquanto pressões aumentam entre os membros e os Estados Unidos. Grupo discute questões como inteligência artificial, mudanças climáticas e a situação na Faixa de Gaza.
Cúpula do Brics foi retomada nesta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro, amid tensões com os Estados Unidos.
O presidente Donald Trump ameaçou impor tarifa adicional de 10% sobre países que se “alinharem” ao grupo, considerado "antiamericano".
O grupo Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expressou “séria preocupação” sobre medidas tarifárias unilaterais que distorcem o comércio mundial.
Trump reafirmou que “não haverá exceções” a essa tarifa para países antiamericanos.
A China e Rússia tentam acalmar os ânimos, afirmando que suas posições não são direcionadas a outros países. Moscou afirmou que o bloco “nunca foi e nunca será direcionado contra terceiros países”.
O Brics, que agora conta com 11 países, representa quase metade da população mundial e cerca de 40% do PIB global.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou que o Sul Global pode liderar um novo paradigma de desenvolvimento.
Na cúpula, o Brics pediu:
- cessar-fogo imediato, permanente e incondicional no conflito em Gaza;
- retirada completa das forças israelenses;
- condenou ataques militares de junho por Israel e EUA contra o Irã.
O grupo também emitiu uma declaração sobre inteligência artificial (IA), apoiando o direito de todos os países de usufruir dos benefícios e estabelecer suas próprias regulações.
Declarações conjuntas sobre mudanças climáticas e cooperação em saúde serão divulgadas hoje.
Brics se expandiu em 2023 para incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Com informações da AFP