Após ato da oposição, Motta manda encerrar sessão da Câmara
Presidente da Câmara encerra sessão após protesto de bolsonaristas contra a prisão de Jair Bolsonaro. Parlamentares da base do governo exigem uma resposta e o restabelecimento da ordem no Legislativo.
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encerra sessão em 5 de dezembro após protestos bolsonaristas.
Os bolsonaristas ocupam lugares da Mesa da Câmara para barrar atividades legislativas, em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Motta, em João Pessoa, anunciou a decisão via redes sociais: “O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento”. Ele convocará uma reunião de líderes para tratar da pauta.
A obstrução legislativa foi uma estratégia dos aliados de Bolsonaro, que condicionam sua retirada à discussão de um projeto de lei de anistia para condenados pelo 8 de janeiro e ao pedido de impeachment do ministro Moraes.
O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), classificou a ocupação como “ato arbitrário” e contrário aos princípios democráticos.
Parlamentares da base do governo Lula exigem o restabelecimento da ordem, com o líder do PT, Lindbergh Farias, afirmando que se tratou de um “sequestro da mesa do Parlamento”.
No evento em João Pessoa, Motta reafirmou que a Casa atuará com responsabilidade institucional e que o Conselho de Ética existe para apurar condutas inadequadas.
Motta concluiu que presidir a Câmara exige equilíbrio e que os interesses da população devem prevalecer.