Após ato de Bolsonaro, Lula ouve gritos de “sem anistia” na OAB
Lula ressalta a importância da união em defesa da democracia e critica a ressurreição do fascismo. A cerimônia da OAB ocorre em meio à polarização política e manifestações por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
Presidente Lula recebe gritos de "sem anistia" em posse da OAB
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aplaudido de pé enquanto discursava na posse de Beto Simonetti como presidente da OAB, em Brasília, no dia 17 de março de 2025. Parte da plateia gritou a frase “sem anistia” após seu discurso.
Lula enfatizou a necessidade de união para defender a democracia e mencionou os desafios atuais, como a regulação das redes sociais. Ele destacou que o “fascismo ressurge” globalmente e que no Brasil, a “intolerância política” resultou em um plano para assassinar líderes, incluindo ele e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Durante sua fala, ele fez um paralelo com o atentado à secretária da OAB, Lydia Monteiro, em 1980, e lembrou das ameaças autoritárias enfrentadas no Brasil. O atentado ocorreu em um contexto de pressão da OAB por justiça contra agentes de tortura do regime militar.
As declarações de Lula vieram um dia após um ato em Copacabana, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu anistia para os presos pelos ataques de 8 de janeiro, negando envolvimento em um "golpe".
A PGR denunciou Bolsonaro e 33 outros por tentativa de golpe de Estado, com o STF começando a decidir em 25 de março se os denunciados se tornarão réus.
O ato pela anistia contou com a presença de várias figuras de direita, incluindo o pastor Silas Malafaia, os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Cláudio Castro (RJ), além de vários congressistas do PL.