Após disparada, pobreza na Argentina cai para 38,1% no primeiro ano da gestão Milei
Taxa de pobreza na Argentina é reduzida para 38,1% no fim de 2023, mas desafios persistem. Apesar da queda significativa em relação ao semestre anterior, as disparidades sociais e a pobreza multidimensional ainda representam um problema sério para o governo Milei.
Taxa de pobreza na Argentina encerrou 2023 em 38,1%, uma redução significativa de 14 pontos percentuais em relação aos 52,9% registrados no semestre anterior, o maior índice das últimas duas décadas.
A melhora foi impulsionada pelo controle da inflação, que teve uma queda de mais de 20 pontos percentuais e salários que começaram a crescer acima da inflação.
O atual índice de pobreza é menor que o final da administração de Alberto Fernández e Cristina Kirchner (41,7%), apesar de contrastações econômicas opostas.
O Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) calcula a pobreza com base na cesta básica total, que em dezembro estava avaliada em 356.300 pesos (R$ 1.906). A taxa de indigência caiu para 8,2%, de 18,1% no semestre anterior.
Apesar da queda, o consumo local ainda está em queda (-9,8% em fevereiro) e o número de pessoas em situação de rua aumentou 23,2% em Buenos Aires.
O Observatório da Dívida Social destaca que a metodologia para calcular a pobreza esconde desigualdades, com 29% dos trabalhadores abaixo da linha de pobreza. A necessidade de empregos melhores e salários dignos é crucial.
O desemprego era de 6,4% no final de 2023, e a popularidade de Javier Milei segue alta, com 47,4% de aprovação, apesar de desafios como o recente escândalo do criptogate.