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Após inflação CPI de junho, Fed pode ter de esperar mais antes dos cortes

Incertezas na nova política tarifária afetam inflação nos EUA e mantêm Fed em modo "espera". Economistas prevêem possíveis cortes de juros apenas em 2026, dependendo da evolução da inflação e do mercado de trabalho.

Inflação nos EUA apresenta sinais iniciais de impacto devido à nova política tarifária da administração Trump. Economistas indicam que a pressão é ainda pequena, mas pode afetar expectativas de consumo e decisões do Fed.

O CPI de junho ficou em 0,3%, ligeiramente abaixo do esperado. A inflação anual ao consumidor é de 2,7% e o núcleo de 2,9%.

O Morgan Stanley observa que o núcleo dos bens apresenta sinais de crescimento positivo. A previsão é de que a inflação aumente até agosto, com o Fed cortando juros apenas em março de 2026, a menos que a inflação diminua.

No entanto, tarifas se tornarão mais evidentes na divulgação do PCE, com previsão de aumento em 0,35% em junho.

Scott Helfstein, da Global X ETFs, aponta que os dados são favoráveis para o Fed manter taxas estáveis, mas observa a importância do mercado de trabalho se manter estável. Já Andressa Durão, do ASA, acredita que os primeiros sinais de inflação não geram necessidade imediata de cortes de juros.

Seema Shah, da Principal Asset Management, destaca que os efeitos tarifários demoram a aparecer nos dados de inflação. Ela sugere que o Fed deve esperar antes de tomar decisões sobre juros.

Gustavo Sung, da Suno Research, concorda que novos efeitos tarifários devem impactar a inflação mais adiante, prevendo o primeiro corte de juros em final de 2025, a menos que o mercado de trabalho mostre fraqueza.

Por fim, a economista Claudia Rodrigues, do C6 Bank, destaca que uma inflação mais alta deve manter o Fed cauteloso, podendo manter os juros entre 4,25% e 4,5% até o fim de 2025.

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