Após IOF, corretoras esperam maior procura por investimento no exterior
Mudanças no IOF geram incertezas no mercado e pressionam corretoras em investimentos no exterior, levando a um aumento na procura por ativos globais. Especialistas recomendam diversificação e cautela diante das novas alíquotas.
Corretoras de investimento que atuam no exterior reagiram a mudanças no IOF que ocorreram em 22 de setembro. O governo Lula revogou algumas taxas, mas manteve o aumento das alíquotas para operações de câmbio, seguro e crédito, afetando fintechs como Avenue, Nomad e Wise.
Antes, remessas para contas no exterior tinham tarifa de 0,38%, mas após o decreto, a taxa aumentou para 1,1% e, em um primeiro momento, foi proposta em 3,5%. As corretoras começaram a repassar essas novas taxas rapidamente.
A demanda por ativos globais aumentou, com a Nomad relatando volume acima da média e a Avenue registrando quatro vezes o volume diário habitual em operações de câmbio.
Caio Fasanella, economista-chefe da Nomad, destacou que a diversificação de carteira é essencial. Ele apontou que o governo visa aumentar a arrecadação para equilibrar as contas públicas, o que pode elevar a pressão inflacionária e desvalorizar o real.
João Arthur, CIO da Suno Wealth, recomenda a continuidade das remessas, enfatizando um planejamento a longo prazo. A mudança no IOF gerou incerteza no mercado, lembrando falhas de comunicação anteriores do governo.
Para esclarecer as dúvidas, executivos da Avenue realizaram uma transmissão ao vivo. Eles alertaram sobre o aumento do imposto e a importância de ações estratégicas a longo prazo. As fintechs não lançarão novos produtos devido a esses custos adicionais.
Analistas aconselham compras de dólares de forma parcelada, reduzindo riscos em um momento de instabilidade. A prioridade deve ser uma postura conservadora, evitando perdas significativas em um único aporte.