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Após irritação de Lula, centrais sindicais tentam evitar novo fiasco no 1º de maio, mas encaram divisão

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC organiza ato separado para o 1º de Maio, desafiando a tradição de eventos unificados. A CUT, que deve apoiar o ato em São Paulo, se vê em meio a controvérsias sobre a liderança e a divulgação da mobilização.

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC planeja ato próprio para o 1º de Maio em São Bernardo do Campo (SP), o que pode dividir o público após evento esvaziado em 2024, quando Lula teve uma plateia reduzida em Itaquera.

A festa do Dia do Trabalho foi unificada entre as centrais sindicais desde 2019, mas a CUT agora apoia o evento das outras centrais em São Paulo, enquanto mantém o encontro no ABC.

Centrais como Força Sindical, CSB, UGT, CTB e NCST terão ato na praça Campo de Bagatelle, Zona Norte de São Paulo, com shows e sorteios. A mobilização em São Bernardo é a primeira desde 2018.

Membros da CUT negam que o evento de 2024 foi um fracasso, enfatizando que não se tratava de aglomeração, mas de encontro com trabalhadores. O presidente Lula criticou a divulgação do evento e a interação com as centrais está a cargo do secretário-geral, Márcio Macêdo.

Dirigentes afirmam que eventos díspares podem contribuir para a pauta trabalhista e que o importante é a mesma agenda. Existe iniciativa de um slogan nacional e uma plenária em Brasília para as comemorações.

A participação de Lula é uma decisão do Planalto. O ato em São Paulo deve durar o dia todo, enquanto o do ABC ocorrerá à tarde, possibilitando presença em ambos.

A Força Sindical tem planos de convidar autoridades, contrastando com o ato de São Bernardo, normalmente restrito à esquerda. Os militantes publicamente cobrarão do governo federal, criticando a agenda econômica e a falta de diálogo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Os sindicatos também apoiam proposta de emenda à Constituição para reduzir a jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais e acabar com o regime 6x1.

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