Após mudar de gênero, neonazista vai cumprir pena em prisão feminina da Alemanha
Decisão gera polêmica ao elevar debates sobre a Lei de Autodeterminação de Gênero na Alemanha. Críticas surgem em relação à possível mudança de identidade como estratégia de provocação e manipulação da legislação.
Membro neonazista se torna mulher trans e irá cumprir pena em presídio feminino
Marla-Svenja Liebich, um ex-membro da cena neonazista do leste da Alemanha, identificado como mulher trans, cumprirá pena em uma prisão feminina após ser condenado por incitação ao ódio étnico, injúria e difamação.
Liebich, de 53 anos, trocou de nome e gênero em 2024, enquanto recorria de sua condenação. A mudança foi apoiada pela nova Lei de Autodeterminação de Gênero, que permite a modificação de nome e sexo no registro civil com autodeclaração.
A lei, celebrada por defensores dos direitos LGBTQ+, gerou polêmicas sobre as motivações de Liebich e possíveis abusos dela. Anteriormente, Liebich se manifestava contra a "ideologia de gênero" e insultava participantes de paradas LGBTQ+.
Liebich processou veículos de comunicação que tratavam sua mudança de gênero como inválida. Em um caso, o jornalista Julian Reichelt manteve seu direito à liberdade de expressão.
Além disso, uma denúncia contra a revista Der Spiegel foi considerada improcedente pelo Conselho de Imprensa da Alemanha, que afirmou que Liebich pode ter alterado seus dados de má-fé.
Com a sentença de um ano e seis meses de prisão, Liebich deverá cumprir pena na penitenciária JVA em Chemnitz, onde também estão presas outras figuras notórias. Um procurador indicou que uma avaliação inicial será feita para garantir a segurança na prisão.