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Após negativa de técnicos, ministro de Minas e Energia pede reunião com Ibama para discutir Margem Equatorial

Ministro busca diálogo para desbloquear licença da Petrobras na Margem Equatorial. Pressões políticas e atrasos na avaliação do Ibama complicam o processo de autorização.

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou reunião com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para discutir a autorização de pesquisa na Margem Equatorial.

Recentemente, técnicos do Ibama recomendaram a negação do pedido de licença da Petrobras, defendido por Silveira. Agostinho, que adiou a decisão, afirmou não ter condições para finalizar a avaliação da licença para perfuração no Amapá.

Pressionado pelo governo, Agostinho declarou: “não tenho condições de dizer um prazo” para a análise da licença, que depende da entrega da base para resgate de fauna pela Petrobras, prevista para o final de março.

Membros do governo criticam a demora do Ibama e falam de uma “lenga lenga” na avaliação. A Petrobras é vista como tendo atendido a solicitações do órgão, sem espaço para extremismos em suas decisões.

Técnicos do Ibama já recomendaram a negação do plano de pesquisa da Petrobras, mas a decisão final cabe a Agostinho, que deve considerar outras informações.

O entorno presidencial deseja que a licença seja liberada antes da COP30, marcada para novembro, em Belém, temendo protestos se a licença for concedida no segundo semestre.

A Petrobras teve o pedido de licença negado em 2023 e, atualmente, seu recurso está em análise. Estima-se que a Margem Equatorial contenha 30 bilhões de barris de petróleo.

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