Após pedido de Trump, governo dos EUA abre investigação comercial contra o Brasil
EUA iniciam investigação contra Brasil por práticas comerciais desleais, com ênfase em comércio digital e tarifas. A medida acompanha a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Investigação comercial dos EUA contra o Brasil
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) iniciou uma investigação contra o Brasil, a pedido do presidente Donald Trump. A investigação é uma resposta à tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, anunciada por Trump.
O USTR comunicou que "documentou práticas comerciais desleais do Brasil" que restringem o acesso de exportadores americanos ao mercado brasileiro.
A investigação abordará:
- Comércio digital e serviços de pagamento eletrônico
- Tarifas injustas e preferenciais
- Interferência em medidas anticorrupção
- Proteção da propriedade intelectual
- Acesso ao mercado de etanol
- Desmatamento ilegal
Trump justificou a investigação citando "ataques contínuos do Brasil" às atividades comerciais digitais das empresas americanas.
A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros começará a ser aplicada em 1º de agosto. Trump instruiu Jamieson Greer, o Representante de Comércio, a iniciar a investigação da Seção 301, que trata de práticas comerciais desleais que afetam o comércio dos EUA.
Este dispositivo é um mecanismo de pressão internacional para defender os interesses norte-americanos, permitindo a aplicação de tarifas ou sanções contra o país alvo.
No passado, a Seção 301 foi utilizada para taxar produtos chineses, como em setembro de 2019, quando Trump impôs tarifas de 15% sobre mais de US$ 120 bilhões em produtos da China.
O ex-presidente Joe Biden também usou a mesma lei para taxar importações da China no ano passado.
Nota: Esta matéria está em atualização.