Após pedir prisão domiciliar, Collor participa de audiência de custódia e nega ter doenças; veja o vídeo
Collor nega ter problemas de saúde graves durante audiência de custódia. A defesa busca prisão domiciliar com base em laudo médico que atesta Parkinson e bipolaridade.
Fernando Collor, ex-presidente, foi preso nesta sexta-feira (25) após ordem de Alexandre de Moraes. Durante a audiência de custódia, afirmou que não possui doenças graves ou toma remédios periódicos.
A defesa solicitou prisão domiciliar com base em um laudo médico que indica Parkinson e bipolaridade. Collor disse que não tem filhos menores ou com necessidades especiais e que a prisão foi regular. Ele estava vestido de preto e sorridente durante a audiência.
A audiência, conduzida pelo juiz auxiliar Rafael Henrique, serviu para analisar as condições da prisão. Collor pediu para permanecer em Alagoas e a prisão domiciliar ainda aguarda decisão. Atualmente, sua pena é cumprida no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira em Maceió, autorizada por Moraes.
Na quinta-feira (24), Moraes determinou a prisão imediata de Collor após perceber tentativas de postergar a medida. A decisão foi levada a referendo no plenário virtual, onde Moraes e Flávio Dino mantiveram a decisão. O julgamento, no entanto, foi interrompido por um pedido de destaque de Gilmar Mendes, reiniciando a análise.
Ainda não há data para a nova sessão presencial na Corte, que pode ser adiada pelo feriado de 1º de Maio.
Collor foi condenado a oito anos e dez meses por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora, parte da Operação Lava-Jato. Ele é acusado de receber R$ 20 milhões por contratos irregulares com a UTC Engenharia, em troca de apoio político.