Após poeira do tarifaço baixar, Ibovespa pode virar o jogo. Mas o que falta para isso?
Ibovespa se recupera e avança 1,4% após avanços em negociações tarifárias entre EUA e China. Expectativas de trégua incentivam investidores, mas desafios ainda persistem para a recuperação total do índice.
Ibovespa avança 1,4% e se aproxima de zerar perdas pós-tarifaço de Donald Trump, fechando aos 129 mil pontos.
Investidores sentem alívio com recuo dos EUA e China em sua guerra tarifária. A baixa do índice na B3 em abril foi de apenas 0,62%, e a alta acumulada em 2023 chega a 7,6%.
Após a sessão de 27 de março, quando o índice zerou as perdas de 2024, a situação mudou com as tarifas de Trump. O Ibovespa está atualmente a 1,3% abaixo do patamar antes do tarifaço.
O giro do Ibovespa nesta segunda-feira foi de R$ 16,6 bilhões, superando a média diária dos últimos 12 meses. O dólar recuou 0,34%, fechando a R$ 5,85, embora ainda tenha uma alta de 2,55% em abril.
A combinação de uma possível trégua entre China e EUA e a isenção de tarifas para dispositivos eletrônicos animou os investidores. A maioria das ações do Ibovespa se valorizou, destacando papéis de Vale e bancos.
As apostas em juros no Brasil também sentiram o alívio, com queda nas taxas do Tesouro americano. A taxa DI para janeiro de 2026 caiu de 14,75% para 14,68%.
Para que o Ibovespa realmente se recupere, ainda falta 2,77% para alcançar o pico anual de 27 de março. Isso requer mudanças significativas na postura de Trump e na agenda fiscal do Brasil.
A dinâmica atual pode dificultar a recuperação positiva da bolsa brasileira, considerando as incertezas globais e a variação das estratégias econômicas.