Após prisão de Bolsonaro, oposição articula ocupação do plenário e bloqueio total dos trabalhos na Câmara
Lideranças do PL articulam ocupação da Câmara dos Deputados em protesto contra a prisão de Jair Bolsonaro. Ação busca garantir que pautas da oposição sejam atendidas e poderá durar tempo indeterminado.
Lideranças do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão negociando uma paralisação total dos trabalhos na Câmara dos Deputados a partir de terça-feira (5).
A estratégia foi discutida com dirigentes de outras legendas, como Republicanos, Progressistas, União Brasil e Novo.
A ideia é “ocupar” o plenário e impedir as sessões por tempo indeterminado até que as pautas prioritárias da oposição sejam atendidas.
Os presidentes dos partidos participantes finalizam um acordo para declarar oposição ao governo do presidente Lula, apesar de ocuparem, juntos, oito ministérios.
Essa movimentação é uma resposta à prisão domiciliar de Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF.
Nesta manhã, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), anunciou que, se houver oportunidade, pautará um projeto de lei que oferece anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, o que pode beneficiar Bolsonaro.
“Se o presidente Hugo Motta se ausentar do país, eu irei pautar a anistia”, declarou Côrtes durante uma coletiva da oposição no Congresso Nacional.