Após prisão, mercado vê chance de candidatura moderada contra Lula em 2026
Decisão sobre prisão domiciliar de Bolsonaro altera cenário eleitoral e abre caminho para candidatos moderados. Mercado financeiro se volta para governadores como Tarcísio de Freitas e Ratinho Junior, vislumbrando uma terceira via contra Lula.
Impacto da Prisão Domiciliar de Bolsonaro no Cenário Eleitoral e Mercado Financeiro
O mercado financeiro já antecipava a não participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2026, mas a prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira (4) reforçou essa expectativa.
Analistas acreditam que a decisão pode resultar no afunilamento de candidaturas, favorecendo candidatos moderados e que representem a direita bolsonarista, centro-direita e centro na corrida eleitoral contra o presidente Lula.
As atenções do mercado se concentraram em nomes de governadores, como:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)
- Ratinho Júnior (PSD-PR)
- Romeu Zema (Novo-MG)
Esses governadores foram destacados como uma terceira via na Expert XP, gerando reações dentro do próprio clã Bolsonaro.
Segundo Matheus Spiess da Empiricus, a valorização de candidatos mais moderados pode resultar em um desfecho positivo para ativos de risco, especialmente com um perfil reformista e fiscalista.
Setores da Bolsa: A sensibilidade de diferentes setores às eleições varia. As empresas estatais são mais impactadas devido ao risco de intervenções políticas, enquanto setores como saneamento e energia elétrica tendem a ser mais resilientes.
Entretanto, as incertezas políticas no curto prazo podem elevar a aversão a riscos, pressionando ativos locais e valorizando o dólar.
A prisão de Bolsonaro foi imposta por Moraes alegando que o ex-presidente usou redes sociais de aliados para incitar ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio à intervenção estrangeira no Judiciário. A ligação com o deputado Nikolas Ferreira também foi considerada um indício de tentativas de interferência.