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Após proposta de Haddad, data centers internacionais dizem que isenção de impostos não basta

Empresas de tecnologia alertam que isenção tributária não é suficiente para atrair investimentos significativos. É necessário criar um ambiente regulatório favorável e promover a imagem do Brasil como uma potência digital.

A isenção de impostos para compra de equipamentos de computação usados em data centers, anunciada pelo ministro Fernando Haddad na segunda-feira (5), não é suficiente para atrair investimentos do setor, disse Mehdi Paryavi, presidente da IDCA.

Paryavi destaca que o Brasil precisa:

  • Construir uma imagem de potência digital;
  • Promover políticas de fomento ao investimento;
  • Garantir um arcabouço legal flexível e seguro.

Ele critica o projeto de lei sobre inteligência artificial, que impacta o uso de dados protegidos, e afirma que previsibilidade é mais crucial que incentivos financeiros isolados.

Os ministérios do Fazenda, Desenvolvimento, Ciencia, Tecnologia, das Minas e Energia, das Telecomunicações e da Gestão trabalham em uma medida tributária para desonerar empresas, com expectativa de atrair R$ 2 trilhões em investimentos em dez anos.

Atualmente, 40% dos aplicativos e recursos digitais brasileiros utilizam data centers no exterior, devido a custos e infraestrutura. Dados sugerem que operar um data center nos EUA pode ser 40% mais barato que no Brasil.

Paryavi argumenta que as vantagens tributárias poderiam resolver a questão de custo, tornando o Brasil uma opção viável para processamento de dados.

Os Estados Unidos concentram 60% do consumo mundial de eletricidade para data centers. O Brasil, com matriz energética limpa e condições geográficas favoráveis, deve se posicionar rapidamente, diante de concorrentes como a Índia, que investe fortemente em infraestrutura.

Para Paryavi, o tempo é curto e há uma janela de oportunidade crucial nos próximos 18 meses para atrair investimentos e garantir vantagens econômicas.

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