Após queda no volume de produção, Tupy se reorganiza para enfrentar tarifas de 50% dos EUA
Tupy enfrenta queda na produção e vendas devido à desaceleração do mercado norte-americano e alta competitividade. Apesar dos desafios, empresa busca otimizar custos e aumentar eficiência com realocação de produção.
Tupy enfrenta recuo na produção devido à desaceleração do mercado norte-americano, seu principal destino de exportações.
No segundo trimestre, o volume físico de vendas caiu 10% no segmento de componentes estruturais, afetado pela menor demanda por veículos comerciais.
O CEO, Rafael Lucchesi, destacou que a competição de preços tem pressionado as margens, levando clientes a adiar investimentos na renovação de frotas.
O PIB dos EUA cresceu 2,8% em 2024, mas a previsão para 2025 caiu para 1,8%, com riscos de recessão técnica. No setor de transporte de cargas, fatores como incertezas tarifárias e juros altos dificultam a compra de caminhões.
A retração impactou o desempenho financeiro: receita líquida de R$ 2,63 bilhões (queda de 6,3%) e Ebitda ajustado de R$ 210 milhões (recuo de 46,9%).
O lucro líquido atribuído aos sócios da controladora foi de R$ 22,3 milhões, alta de 32,5% em relação ao ano anterior.
No segundo trimestre de 2025, a distribuição da receita foi a seguinte:
- 36% da América do Norte;
- 46% da América do Sul e Central;
- 15% da Europa;
- 3% de Ásia, África e Oceania.
A Tupy está realocando a produção para otimizar custos e aumentar a eficiência em suas plantas no Brasil, México e Portugal, ajudando a mitigar riscos de protecionismo.
A empresa mantém contratos de longo prazo que garantem previsibilidade de receita, mas o cenário para volumes permanece incerto.
A expectativa é que ajustes operacionais e novos contratos em 2026 melhorem a rentabilidade.