Após rebaixamento de nota de crédito, Casa Branca acusa Moody's de viés político
Casa Branca critica Moody's por rebaixamento da nota de crédito dos EUA. O governo argumenta que análise da agência não é séria e reflete uma perspectiva política.
A Casa Branca reagiu de forma agressiva ao rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos, ocorrido nesta sexta-feira (16).
O diretor de comunicações, Steven Cheung, criticou a análise da Moody's, chamando o economista Mark Zandi de oponente político do presidente Donald Trump.
"Ninguém leva a sério essa ‘análise’. Ele já se provou errado repetidas vezes", afirmou Cheung.
A Moody's rebaixou a classificação de crédito dos EUA de Aaa para Aa1, alterando a perspectiva de negativa para estável. As agências Fitch e S&P já haviam retirado a nota máxima antes.
Segundo a Moody's, os déficits federais devem aumentar para quase 9% do PIB até 2035, comparado a 6,4% no ano passado. Isso é atribuído a:
- Aumento nos pagamentos de juros sobre a dívida
- Gastos com direitos adquiridos
- Baixa geração de receita
A agência destacou que o rebaixamento reflete o aumento da dívida pública e dos pagamentos de juros ao longo de mais de uma década.
Importante ressaltar que, pela primeira vez, os EUA não mantêm a nota de crédito máxima em nenhuma das três principais agências de classificação de risco.
A S&P foi a primeira a retirar a nota máxima em 2011, seguida pela Fitch em 2023.