Após reunião com grandes bancos, Banco Central começa hoje a ouvir pequenos sobre o caso Master e o FGC
Banco Central se reúne com instituições financeiras para discutir mudanças no FGC e a situação do Banco Master. O foco das discussões inclui a saúde do sistema bancário e possíveis alterações nas regras que garantem a segurança dos depósitos.
Banco Central (BC) realizará novas reuniões com bancos nesta semana após encontros com dirigentes de Bradesco, Itaú, Santander e BTG Pactual.
Os encontros recentes se concentraram em possíveis mudanças no Fundo Garantidor de Crédito (FGC), com uma atenção especial para instituições menores.
Hoje, Gabriel Galípolo, líder do BC, se reúne com Rubens Menin do Banco Inter. À tarde, Nilton José Schneider receberá representantes do Citibank.
Na reunião de sábado, discutiu-se uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o funcionamento do FGC, essencial para garantir depósitos pessoais até R$ 250 mil em crises.
A aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) por R$ 2 bilhões ainda depende de aprovação do BC. O FGC deve revisar sua estratégia, pois a transferência de ativos de risco pode afetar sua saúde financeira.
O BTG também explorou como o FGC poderia ajudar o Master em obrigações de curto prazo, com André Esteves atuando como articulador central na questão.
Na sexta-feira, o BTG negou ter desistido da compra do Master, que apresenta um patrimônio de R$ 4,7 bilhões e uma concentração de vencimentos de CDBs de R$ 7,6 bilhões até junho.
Os analistas não enxergam risco sistêmico neste caso, mas em caso de socorro, o FGC poderia ver 43% de seus fundos consumidos.
Os grandes bancos buscam revisar as regras do FGC para evitar que instituições vendam ativos de alta rentabilidade utilizando o fundo como segurança.
O analista Luis Miguel Santacreu sugere que o BC deve agilizar a análise do caso para evitar insegurança no mercado e uma crise mais profunda.
Uma decisão do BC sobre o Master pode ser divulgada ainda esta semana.