Após tarifaço de Trump, governo Lula decide regulamentar Lei da Reciprocidade sem mencionar países
Governo brasileiro se prepara para regulamentar Lei da Reciprocidade em resposta às tarifas impostas pelos EUA. Medidas poderão incluir restrições comerciais e participação do setor privado nas decisões.
Tensão comercial entre Brasil e EUA se intensifica após decisão de Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
O governo federal está regulamentando a Lei da Reciprocidade, sancionada em abril, para permitir medidas de proteção. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o decreto não mencionará os EUA ou outros países.
A publicação do texto está prevista para esta terça-feira (15) no Diário Oficial da União, visando uma possível retaliação ao aumento das tarifas. A Lei nº 15.122 autoriza o governo a adotar contramedidas proporcionais ao prejuízo causado.
A crise teve início com uma carta de Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciando as tarifas, e acusando o Brasil de reprimir a liberdade de expressão americana. Ele ameaçou aumentar as tarifas para 100% se o Brasil responder com medidas próprias.
Trump também ordenou uma investigação comercial contra o Brasil. O impacto das tarifas na economia brasileira pode alcançar R$ 20 bilhões, afetando setores-chave como agronegócio, indústria de base exportadora e a Embraer.
Na política, parlamentares da base governista apoiam a aplicação imediata da Lei da Reciprocidade, enquanto a bancada ruralista sugere uma abordagem mais moderada.