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Após tarifaço, Lula diz que país é 'soberano' e cobrará imposto das empresas americanas digitais

Lula critica tarifas de Trump e promete retaliar com taxação de empresas digitais dos EUA. Em discurso a estudantes, ele rejeita ingerências e defende a soberania nacional do Brasil.

Presidente Lula critica tarifas de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira, as tarifas de até 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros durante seu discurso no 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune) em Goiânia.

Lula considerou a medida uma afronta à soberania nacional e prometeu retaliar com a taxação de empresas digitais americanas.

Ele afirmou: “O Brasil tem 201 anos de relações diplomáticas com os EUA e um déficit comercial de US$ 410 bilhões em 15 anos. Não aceitamos que ninguém se meta nos nossos assuntos internos.”

O presidente também se referiu a Trump como "gringo", citando sua origem humilde e destacando a importância da soberania do Brasil.

Críticas a militares e Bolsonaro

Lula comentou sobre o inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022, afirmando que generais de quatro estrelas foram presos por suas ações.

Ele também responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela condução da pandemia de Covid-19 e criticou seu movimento de buscar apoio dos EUA.

Lula referiu-se a Eduardo Bolsonaro, dizendo que sua família deve ser vista como “traidores do século 20 e 21”.

Soberania e educação

O evento reuniu cerca de três mil pessoas, e o ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu a justiça tributária e a soberania nacional.

A visita de Lula ocorre em um território em que Bolsonaro venceu em 2022 com 63,95% dos votos.

No início do evento, houve uma discussão entre estudantes e um apoiador de Bolsonaro, que foi contida pela polícia.

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