Após virar réu, Bolsonaro diz que acusação de golpe é ‘infundada’, critica Moraes e volta a questionar urnas eletrônicas

Jair Bolsonaro critica decisão do STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou descontentamento com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado. Em um pronunciamento na quarta-feira (26), ele classificou as acusações como "graves e infundadas".

Bolsonaro denunciou uma perseguição política e afirmou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) carece de embasamento. Ele declarou: “As acusações são muito graves e infundadas.”

Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes e afirmaram que sua inelegibilidade até 2030 é parte de um plano para afastá-lo da política.

Além disso, reiterou a defesa do voto impresso e questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas. Em sua fala, negou qualquer envolvimento em um golpe, argumentando: “Golpe tem povo, tropa, armas e liderança.”

Bolsonaro mencionou que, como presidente, incentivou seus apoiadores a desmobilizarem protestos e colaborou com a transição para o governo de Lula.

Sobre sua viagem aos Estados Unidos no final de 2022, afirmou que não passou a faixa presidencial a Lula, minimizando a polêmica e negando que sua ausência fosse um crime.

No que se refere à “minuta do golpe”, um documento encontrado pela Polícia Federal, Bolsonaro negou ter qualquer intenção de implementá-la, alegando: “Estamos em uma ditadura se trabalhar com dispositivo constitucional é sinal de golpe.”

A Primeira Turma do STF decidiu unanimemente tornar réus Bolsonaro e outros sete aliados, acusados de compor o núcleo central da tentativa de ruptura democrática. A PGR alega que eles tentaram anular as eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder ilegalmente.

Os acusados agora estão sujeitos a um processo penal que pode resultar em condenações e penas de prisão.