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Após xeque-mate do Copom, Ibovespa fecha semana no 0 a 0. Tem por que apostar na bolsa agora?

O cenário instável na bolsa brasileira é agravado pela alta na Selic e pela incerteza geopolítica no Oriente Médio. Com o dólar se valorizando e os riscos no mercado em crescimento, investidores se mostram cautelosos em relação à renda variável.

Bolsa brasileira após decisão do Copom

Na sexta-feira (20), a bolsa brasileira reagiu à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que manteve a Selic em 14,75% ao ano. O tom do comunicado foi surpreendentemente duro, sinalizando a possibilidade de novas altas nos juros.

O Ibovespa fechou com queda de 1,15%, totalizando 137.116 pontos. Apesar disso, acumula 14% de valorização no ano. A liquidez aumentou para R$ 23 bilhões, refletindo um mau sentimento no mercado.

Em acontecimentos externos, Donald Trump fixou um prazo de duas semanas para negociações com o Irã, elevando a incerteza acerca de um potencial conflito.

O dólar subiu 0,45%, fechando em R$ 5,52. A moeda americana acumulou desvalorização de 0,32% na semana e 10,6% desde o início do ano.

O preço do petróleo Brent caiu 2,33% para US$ 77 o barril, influenciado por negociações de trégua no Oriente Médio.

Os investidores enfrentam dilemas: a Selic a 15% torna os investimentos de baixo risco atraentes, dificultando a aposta na bolsa. Especialistas sugerem que a bolsa está barata, com o P/L abaixo de 9 vezes, mas essa visão se aplica principalmente a quem pode suportar volatilidade.

A Vale, grande mineradora brasileira, enfrenta desafios macroeconômicos, com quedas nas ações, apesar de fundamentos sólidos.

Se o objetivo é montar uma carteira de dividendos a longo prazo, vale a pena considerar a mineradora. Entretanto, quem busca ganhos rápidos deve ter cautela, visto que ações precisam superar uma taxa de retorno de 30% em relação a títulos como o Tesouro Selic.

Por fim, a incerteza atual torna arriscada a entrada na renda variável.

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