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Aposta do Brasil após tarifaço de Trump, acordo com União Europeia deve demorar a surtir efeito

Acordo histórico entre Mercosul e União Europeia enfrenta desafios de implementação, mas tem potencial para fortalecer laços comerciais. Expectativas aumentam com a necessidade de diversificação de parceiros devido à política tarifária dos EUA.

Acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia deve ser fechado em dezembro de 2024.

O governo brasileiro vê o acordo como forma de fortalecer ambos os blocos e lidar com os impactos do tarifaço de Donald Trump.

Apesar das negociações, a assinatura do acordo pode ocorrer apenas no final de 2025 ou no primeiro semestre de 2026, devido a questões burocráticas e resistência de países como França, Irlanda e Holanda.

Expectativa: A política de Trump pode reduzir essa resistência europeia, já que as exportações para a UE foram sobretaxadas em 20%.

Lula busca também novos mercados, com visitas ao Japão e Vietnã, firmando acordos com o Mercosul.

Após a assinatura, o acordo será votado no Parlamento Europeu e nas assembleias do Mercosul, valendo imediatamente para o país que aprovar primeiro.

Análise: Lucas Ferraz, da FGV, destaca que o acordo reflete um cenário geopolítico complexo, com a necessidade de diversificação da UE.

O embaixador José Alfredo Graça Lima acredita que o tarifaço de Trump pode desviar comércio para o Mercosul, mas há concorrência da China.

Flavia Loss, especialista em relações internacionais, ressalta que o acordo pode ser acelerado devido às mudanças nas relações entre a Europa e os EUA. A resistência europeia, especialmente da França, está sendo quebrada.

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