Apple quer comprar bilhões de chips dos EUA em nova estratégia
Apple intensifica sua produção na Índia e na aquisição de chips nos EUA, visando reduzir a dependência da China. A estratégia surge em meio a crescentes desafios tarifários e desaceleração nas vendas chinesas.
A Apple planeja adquirir mais de 19 bilhões de chips dos EUA este ano, ajudando a reduzir a dependência da China e a fortalecer a Índia na produção de iPhones.
O CEO Tim Cook mencionou a parceria com a Taiwan Semiconductor Manufacturing, que está expandindo operações no Arizona com várias fábricas. A Apple espera que a maioria dos iPhones destinados aos EUA seja fabricada na Índia, reduzindo a produção na China.
Cook evitou comentar sobre o impacto de potenciais tarifas sobre os negócios da empresa, afirmando que “é muito difícil prever além de junho”. O diretor financeiro, Kevan Parekh, indicou que a Apple baseia suas suposições nas atuais políticas e tarifas.
Após o relatório trimestral de lucros, as ações da Apple caíram até 4,2%, devido a vendas não-animadoras na China. A Apple já produz 20% de seus iPhones na Índia, um mercado cada vez mais relevante para a empresa, especialmente com a queda nas vendas na China.
Cook destacou os riscos da cadeia de suprimentos e a necessidade de diversificação, afirmando que a Apple está expandindo novas fontes de suprimento. Embora o governo Trump tenha solicitado que a Apple fabrique dispositivos nos EUA, isso parece improvável a curto prazo.
A Apple obterá processadores avançados de uma nova fábrica da TSMC no Arizona este ano. A empresa anunciou investimentos de centenas de bilhões de dólares nos EUA, alinhando-se ao esforço da Casa Branca para trazer manufatura avançada ao país.
O governo Trump impôs tarifas sobre produtos da China e ameaça taxas adicionais a nações que não firmen novos acordos comerciais. No entanto, alguns eletrônicos, incluindo iPhones, estão isentos.
Cook também mencionou o fornecimento de vidro para telas de iPhone nos EUA, provavelmente com a Corning. A Apple planeja investir US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos, incluindo a fabricação de servidores de IA no Texas.