Apps bancários diversificam ferramentas de segurança; veja teste

Pix: Crescimento e Desafios de Segurança

Desde a flexibilização das regras pelo Banco Central, mais de 900 instituições financeiras estão habilitadas a operar no Pix. Esse cenário, embora facilite o acesso à bancarização, também facilitou o surgimento de fraudes, que têm sido classificadas como "cangaço digital" pelo chefe da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

As instituições financeiras possuem ferramentas de segurança, mas as regras do BC são mais rigorosas para os bancos do que para as instituições de pagamentos, que não podem conceder crédito ou operar investimentos.

Avaliação dos aplicativos

A Folha avaliou 15 instituições, observando a adesão ao programa Celular Seguro e a oferta de canais de atendimento. Notou-se que algumas fintechs como Banco Will e InfinitePay permitiram a criação de contas sem a apresentação de documentos.

Algumas instituições afirmam utilizar tecnologias de reconhecimento facial e dados comportamentais para garantir a segurança, mas métodos mais simples podem ser burlados facilmente.

Entre os aplicativos analisados:

• PagBank: Exige comprovante de endereço.
• Banco Inter e Santander: Não pedem endereço, usando geolocalização e reconhecimento facial.
• Nubank: Usa senha de quatro dígitos sem uma segunda verificação biométrica para transações.

Transações Seguras

As instituições utilizam biometria para autorizar transações como Pix, mas métodos de validação variam. Enquanto algumas adotam algoritmos avançados, outras não exigem movimentos específicos.

Mecanismos de Segurança

Um padrão comum é registrar o dispositivo do cliente. Caixa e Banco do Brasil ainda exigem habilitação via caixa eletrônico, uma vulnerabilidade em potencial.

Atendimento ao Cliente

Os canais de atendimento variam: bancos tradicionais oferecem gerentes, enquanto fintechs tendem a ter suporte apenas por telefone e internet. Este fator é crucial para derrubar golpes.

Incidentes de Segurança

O Neon e o Banco Inter tiveram vazamentos de dados notificados ao BC, o que pode comprometer a segurança dos clientes, mas nenhuma instituição se manifestou sobre os eventos.

Programa Celular Seguro

O governo desenvolveu a ferramenta Celular Seguro para prevenir o uso de celulares roubados em transações. No entanto, várias instituições, como Agibank e InfinitePay, ainda não estão integradas.

Os desafios de segurança permanecem um tema crítico na expansão dos serviços financeiros digitais no Brasil.