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Árabes em Israel estão mais vulneráveis a ataques de mísseis do Irã, diz jornal

Comunidades beduínas no sul de Israel enfrentam insegurança e vulnerabilidade em meio a ataques de mísseis iranianos. Moradores sem abrigo adequado se veem obrigados a improvisar soluções enquanto denunciam a falta de reconhecimento e apoio do governo.

Reportagem do jornal israelense Haaretz destaca a vulnerabilidade das comunidades árabes beduínas no sul de Israel a ataques de mísseis do Irã.

As comunidades, muitas vezes em vilarejos não reconhecidos por Tel Aviv, não têm acesso a abrigos antibomba e se protegem debaixo de pontes ou em prédios abandonados.

No vilarejo de Dahiya, moradores improvisaram um abrigo com recursos próprios, mas este é pequeno para mais de uma família. Durante alertas de ataque aéreo, as mulheres e crianças foram enviadas ao abrigo enquanto os homens buscaram refúgio em outro lugar.

Em Qasr al-Sir, algumas casas foram destruídas por mísseis iranianos, levando moradores a viver momentos de pânico. Ibrahim al-Gharibi relatou que algumas pessoas se sentiram sem esperança, dizendo: 'Vamos morrer aqui.'

Na vila de al-Fura, a família de Mohammad al-Hassouni se escondeu em túneis. Sua filha, Amina, foi ferida e agora vive em uma cadeira de rodas. Ambos se mudaram para um apartamento em uma cidade judaica para ter mais acessibilidade.

O não reconhecimento governamental destes vilarejos dificulta o acesso a serviços básicos e direitos de cidadania, embora os beduínos sejam cidadãos de Israel. O governo israelense justifica a demolição de casas como último recurso.

Adnan, morador de Dahiya, expressou frustração: 'Não temos proteção, somos invisíveis.' Apesar de alguns vilarejos terem conquistado reconhecimento, a proteção contra mísseis é desigual em comparação às comunidades judaicas.

Em 2024, a cidade de Carmiel possuía 126 bunkers para 55 mil habitantes, enquanto a vila árabe de Deir al-Asad tinha apenas um bunker para 14 mil pessoas.

Os árabe-israelenses representam cerca de 20% da população do país, ou 2 milhões de pessoas.

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