ArcelorMittal diz que houve pouco progresso para evitar fechamento de fábrica na África do Sul
ArcelorMittal South Africa enfrenta dificuldades em negociações com o governo para evitar fechamento de usinas. A empresa alerta que, sem soluções, as operações poderão ser encerradas até 30 de setembro, impactando 3.500 empregos.
Conversas com o governo sul-africano ainda não resultaram em avanços significativos para evitar o fechamento das operações deficitárias da ArcelorMittal South Africa, informou a empresa nesta segunda-feira (14).
A siderúrgica, a segunda maior do mundo, anunciou pela primeira vez em novembro de 2023 planos para fechar suas usinas, citando:
- Demanda doméstica fraca;
- Tarifas elevadas de eletricidade;
- Logística ferroviária precária;
- Concorrência de miniusinas de reciclagem;
- Importações da China.
A ArcelorMittal afirmou que não poderá adiar mais o fechamento além de 30 de setembro, a menos que uma solução seja encontrada rapidamente.
O ministro sul-africano do Comércio e Indústria, Parks Tau, declarou que o governo está em “modo de combate a incêndio” para evitar o fechamento das usinas em KwaZulu Natal e próximo a Joanesburgo.
O fechamento, que já foi adiado duas vezes, ameaça 3.500 empregos diretos. Em março, a empresa prorrogou o fechamento após um investimento de 1,683 bilhão de rands (US$ 94,22 milhões) da estatal Industrial Development Corporation.
A ArcelorMittal observou que as importações ocupam mais de 35% da demanda local de aço, e o serviço ferroviário está em seus níveis mais baixos, aumentando os riscos operacionais.
A empresa projeta reportar um prejuízo por ação entre 0,89 rand e 0,99 rand (US$ 0,0498 a US$ 0,0554) para o semestre encerrado em 30 de junho, melhorando em relação ao prejuízo de 1 rand por ação do ano anterior. A venda caiu cerca de 10% no primeiro semestre de 2025 em comparação com o ano passado.
A ArcelorMittal South Africa divulgará seus resultados financeiros em 31 de julho.