HOME FEEDBACK

Áreas de arroz e feijão param de cair, após perderem espaço para soja e milho por 16 anos

A diminuição das áreas plantadas de arroz e feijão no Brasil é reflexo de custos elevados e menor lucratividade, enquanto a soja e o milho se destacam como opções mais rentáveis. Apesar das reduções, a produtividade tem garantido a oferta dos grãos tradicionais, que se mantém quase inalterada em relação ao passado.

A produção de arroz e feijão no Brasil enfrenta desafios significativos. Nos últimos 19 anos, as áreas plantadas de arroz caíram 43% e as de feijão 32%, enquanto a soja e o milho cresceram 108% e 63%, segundo a Conab.

Com a inflação dos alimentos, surge a discussão sobre a necessidade de plantar mais alimentos ao invés de grãos para ração. Apesar da queda na área plantada, os preços do arroz e feijão também diminuíram: 4% e 24,35% respectivamente, conforme o IPCA. Desde a safra 2022/2023, a área plantada destes grãos se estabilizou.

Por que a área de arroz e feijão diminuiu?

  • Baixo lucro: O lucro é menor que os custos de produção, desmotivando agricultores.
  • Custo de produção elevado: O custo por hectare para arroz e feijão ultrapassa R$ 12 mil e R$ 13 mil, respectivamente.
  • Concorrência com soja e milho: Soja e milho são mais lucrativos e destinados à exportação.

Mudança de cenário: Apesar dos desafios, o faturamento da produção de arroz aumentou de R$ 18 bilhões em 2006 para R$ 25 bilhões no ano passado. Além disso, as áreas plantadas de arroz e feijão cresceram 6% e 16%, respectivamente, na safra 2023.

Por que não faltam arroz e feijão?

  • Crescimento da produtividade: Os agricultores colhem mais por hectare.
  • Demanda em queda: O consumo per capita tem diminuído, de 183g para 163,2g no caso do feijão.
  • Baixa exportação: Apenas 12,5% do arroz e 10% do feijão são exportados.

Como reverter a redução? Para aumentar a área plantada, é necessário melhorar o apoio ao produtor com juros menores e assessoria técnica. Implementar campanhas para aumentar o consumo interno e investir em pesquisa para variedades mais resistentes podem ser soluções viáveis.

Os líderes do setor acreditam que a produção de arroz e feijão pode ser mais rentável e acessível se houver um suporte adequado, equilibrando preços e custos de produção.

Leia mais em globo