Argentina endurece regras contra imigração e diz sofrer 'abusos' de 'vigaristas'
Novas regras de imigração visam endurecer o acesso à cidadania e residência permanente para estrangeiros na Argentina. A proposta do presidente Milei reflete uma mudança histórica na política migratória do país, com foco em reduzir gastos e garantir segurança.
Presidente Javier Milei anunciou mudanças na lei de imigração da Argentina, endurecendo regras para imigrantes.
Em comunicado no X (Twitter), o governo estabeleceu que a cidadania será concedida apenas a imigrantes que passem dois anos ininterruptos no país ou que façam um "investimento relevante".
A residência permanente agora será para aqueles com "meios suficientes" e sem histórico criminal.
A Argentina, historicamente branda com imigrantes, garantiu serviços de saúde e educação gratuitos.
Nos últimos 20 anos, 1,7 milhão de estrangeiros imigraram de forma informal, custando ao Estado 114 bilhões de pesos (100 milhões de dólares) em serviços.
Milei já permitiu que universidades públicas cobrassem mensalidades de não residentes.
O porta-voz do governo, Manuel Adorni, afirmou que a política anterior "convidava ao caos" e que é hora de honrar a história da Argentina.
A partir de agora, estrangeiros precisarão de seguro de saúde para acessar serviços e condenados serão rejeitados na entrada, enquanto imigrantes ilegais serão deportados.