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Argentina não vê uma empresa estrear no mercado de ações desde 2018

Goldman Sachs sugere que a remoção de controles cambiais é essencial para atrair investimentos na Argentina. O presidente Javier Milei enfrenta um desafio crítico nas eleições deste ano, que influenciarão suas reformas econômicas e a percepção do mercado.

Presidente da Argentina, Javier Milei, deve eliminar controles cambiais e de capital para atrair investidores e sustentar o mercado acionário, segundo o Goldman Sachs.

Max Ritter, chefe de fusões e aquisições do Goldman, mencionou que claridade e certeza são essenciais para o fluxo de capital no país.

O teste crítico de Milei ocorrerá nas eleições de meio de mandato, que determinarão sua capacidade de implementar reformas econômicas e a tolerância popular para sua campanha de austeridade.

Ritter destacou a importância da remoção dos controles para atrair investidores de longo prazo e garantir que as mudanças sejam permanentes.

Após as eleições de outubro, os produtores de energia devem ser os primeiros a captar capital, beneficiando-se do aumento nas receitas de petróleo e gás do Vaca Muerta.

O foco da Argentina está na mudança de produção, passando de uma indústria protegida para uma voltada à exportação.

Para que as empresas realizem ofertas públicas iniciais, é necessário bons exemplos de ofertas subsequentes com investidores qualificados.

A Argentina enfrenta desafios persistentes, como a preocupação de que a remoção dos controles cambiais possa provocar corrida ao peso e inflação.

Ainda assim, a expectativa é de que o país se recupere de uma severa recessão e cresça mais de 4% este ano, com novos programas entre o governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em vista.

Desde a posse de Milei em dezembro de 2023, houve uma saída de empresas multinacionais, com vendas de operações para grupos locais.

A Argentina não vê estreias no mercado de ações desde 2018 e a recuperação atual ainda é questionada se não será mais uma falsa esperança.

Porém, o Goldman sinaliza que desta vez a recuperação pode ser mais duradoura: "Pela primeira vez, parece diferente", disse Ritter, sugerindo que a população entende a necessidade de ajustes difíceis.

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