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Argentina pode precisar pedir 'perdão' por não cumprir meta do FMI

Argentina deve pedir "waiver" ao FMI por não cumprimento de meta de reservas cambiais. Ex-autoridades afirmam que governo de Milei tem chances de obter perdão e seguir com o acordo de US$ 20 bilhões.

A Argentina, maior devedor do Fundo Monetário Internacional (FMI), deve solicitar um waiver por não cumprir a meta de acúmulo de reservas cambiais do novo acordo de US$ 20 bilhões.

O waiver é uma autorização para desconsiderar a obrigação de cumprir a meta de reservas do banco central argentina.

A Argentina, sob o governo de Javier Milei, firmou seu 23º acordo com o FMI em abril para refinanciar um contrato anterior de US$ 44 bilhões e restabelecer a capacidade fiscal do governo.

Embora o governo tenha reduzido a inflação e saído da recessão, acumular reservas se mostrou difícil, ficando abaixo das exigências do FMI.

Especialistas acreditam que o FMI pode conceder o waiver, considerando as medidas de austeridade implementadas por Milei e o comprometimento em reduzir o déficit fiscal.

O perdão deve ser solicitado na primeira revisão do programa, com uma equipe do FMI já em visita ao país.

Daniel Marx, ex-secretário de Finanças, afirmou que um próximo desembolso de cerca de US$ 2 bilhões exigirá o waiver.

O governo estima estar entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão abaixo da meta de reservas, mas especialistas acreditam que isso não impedirá novos desembolsos.

O Ministro da Economia, Luis Caputo, ressaltou que o acúmulo de reservas não é tão crucial como antes devido à maior flutuação do peso e ao apoio do FMI às reformas.

O governo antecipa que a aprovação do waiver ocorra rapidamente, com desembolso em uma ou duas semanas.

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