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Argentina recebe primeira parcela de novo empréstimo de US$ 20 bilhões do FMI

Argentina recebe US$ 12 bilhões do FMI em meio a reformas econômicas. Novo empréstimo visa fortalecer reservas do Banco Central e flexibilizar o câmbio após anos de controle.

Argentina recebe US$ 12 bilhões do FMI nesta terça-feira (15), a primeira parcela do acordo mais recente com o Fundo Monetário Internacional.

Esse desembolso é um voto de confiança no programa econômico do presidente Javier Milei. As ajudas ao país já somam US$ 42 bilhões (R$ 246,5 bilhões).

O empréstimo visa reforçar as reservas do Banco Central argentino, que agora se aproximam de US$ 37 bilhões (R$ 217 bilhões). Este desembolso ocorreu um dia após o governo levantar o controle cambial, que estava em vigor há seis anos.

O novo mecanismo permite a flutuação da moeda com um piso de 1.000 pesos por dólar e um teto de 1.400 pesos. O Banco Central pode intervir para manter a cotação.

Pessoas físicas podem adquirir uma quantidade ilimitada de dólares via bancária e um máximo de 100 dólares (R$ 584) em espécie. Já as pessoas jurídicas só poderão enviar dividendos para o exterior a partir de 2026.

Segundo o economista Sebastián Menescaldi, o mercado começou a entender o novo sistema de flutuação. Ele prevê um aumento de 4% a 5% na inflação neste mês e em maio.

O controle da inflação é crucial para Milei, que enfrenta seu primeiro teste eleitoral nas legislativas de outubro. O plano de austeridade inclui ajustes em aposentadorias, educação e saúde, resultando em uma queda da inflação de 211% em 2023 para 118% no ano passado.

A desaceleração da inflação, no entanto, foi interrompida, registrando 2,4%% em fevereiro e subindo para 3,7%% em março.

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