Arlindo Cruz será velado em cerimônia de gurufim neste sábado
Cerimônia de velório segue a tradição africana e contará com momentos dedicados a amigos e familiares, enquanto enterro está marcado para a manhã de domingo. A perda de Arlindo Cruz deixa um legado musical e emocional profundo para o samba e seus admiradores.
Corpo do sambista Arlindo Cruz será velado em cerimônia de gurufim na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro.
A cerimônia começará às 18h deste sábado (9.ago.2025) e seguirá até às 10h de domingo (10.ago). O artista faleceu na 6ª feira (8.ago), aos 66 anos, devido a falência múltipla dos órgãos.
O enterro ocorrerá no domingo, às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. A cerimônia terá um espaço reservado para pessoas próximas ao cantor.
Arlindo estava internado desde abril. Em março de 2017, sofreu um AVC hemorrágico e ficou hospitalizado por aproximadamente 1 ano e 6 meses, o que o impediu de realizar apresentações desde então.
A família expressou em nota que “Arlindo foi um poeta do samba, generosidade e alegria”, e que sua música permanecerá na memória de milhões.
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 14 de setembro de 1958. Foi destaque como compositor, intérprete e instrumentista, notável no cavaquinho e banjo, sendo conhecido como “o sambista perfeito”.
Aos 7 anos, ganhou seu primeiro cavaquinho. Aos 12, já tocava "de ouvido". Influenciado por Candeia, lançou seu primeiro LP, “Roda de Samba”.
Retornando ao Rio, frequentou a roda de samba do Cacique de Ramos, gravando músicas como “Lição de Malandragem” e “Grande Erro”. Atuou por 12 anos no grupo Fundo de Quintal.
No Império Serrano, venceu competições de sambas-enredo a partir de 1996, sendo homenageado em 2023. Também compôs para a Grande Rio em 2008.
Sua última aparição na TV foi no programa “É Gol!!!” da SporTV, em fevereiro, onde expressou sua paixão pelo Flamengo.