Armazenamento de energia tem potencial para atrair aportes de R$ 40 bi em 5 anos
Armazenamento de energia elétrica no Brasil cresce rapidamente, atraindo bilhões em investimentos diante da crescente demanda. Especialistas pedem regulamentação para potencializar o setor e evitar desperdícios, enquanto a tecnologia avança e o interesse de diversos setores aumenta.
Armazenamento de energia no Brasil
O armazenamento de energia elétrica no Brasil, antes considerado inviável, está atraindo investimentos de R$ 22,5 bilhões a R$ 44 bilhões até 2030, impulsionado pela necessidade de atender à demanda nos horários de pico e evitar apagões. A consultoria Greener e a Associação Brasileira de Soluções em Armazenamento de Energia (Absae) destacam a importância dessa tecnologia para a transição energética.
O Operador Nacional do Sistema (ONS) identificou riscos na capacidade de atender a demanda, especialmente em horários críticos. No planejamento, são sugeridas alternativas como usinas térmicas e leilões de energia de reserva.
Analisando os projetos de armazenamento, previsão para 2024 é de um crescimento de 89% nas vendas de sistemas de armazenamento de energia (BESS), com potencial muito maior, comparado aos 74 GW da China.
O setor global de armazenamento deve atingir US$ 350 bilhões até 2030. O Brasil enfrenta desafios regulatórios e na cadeia de suprimento de lítio para baterias.
Exemplos de inovações incluem a joint venture Micropower, que já implantou mais de 80 projetos, e sistemas que beneficiam setores como agricultura e comércio.
Em Roraima, iniciativas têm levado energia para áreas sem acesso à rede. A Moura destaca-se ao oferecer soluções de armazenamento integradas à energia solar para reduzir custos em horários de pico.
Demandas por regulação
O setor pede ao governo regras claras e a retomada dos leilões de capacidade e armazenamento. Um leilão marcado para junho foi cancelado, e novas datas estão incertas. A Absae alerta sobre o impacto dessa situação nos custos para consumidores.
Conclusão: O armazenamento de energia é vital para a estabilidade do sistema elétrico brasileiro e demanda urgência em regulamentação para avançar.