Armênia e Azerbaijão firmam acordo de paz na Casa Branca, enquanto Trump sinaliza reunião com Putin
Acordo entre Armênia e Azerbaijão encerra décadas de hostilidades na região do Cáucaso. Iniciativa dos EUA pode alterar o equilíbrio de poder e a influência russa na área.
Armênia e Azerbaijão assinam acordo de paz em 8 de setembro, encerrando décadas de conflito.
A cerimônia de formalização foi na Casa Branca, conduzida pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Ele planeja se encontrar “muito em breve” com o líder da Rússia, Vladimir Putin.
Este acordo representa uma conquista significativa para Trump, pois causa inquietação em Moscou, que vê a região como parte de sua influência.
Trump mencionou que, após 35 anos de luta, “agora são amigos, e vão ser por muito tempo”. Participaram da cerimônia o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan.
O conflito entre os dois países, iniciado no final da década de 1980, envolve a região de Nagorno-Karabakh, majoritariamente habitada por armênios. O Azerbaijão retomou controle da região em 2023, levando à fuga de quase 100 mil armênios.
O acordo inclui:
- Compromisso de parar de lutar;
- Abertura de relações diplomáticas;
- Respeito pela integridade territorial de ambos.
Além disso, os EUA obtêm direitos exclusivos de desenvolvimento em um corredor de trânsito estratégico, com foco em exportações de energia.
Trump destacou que acordos separados com cada país ampliarão a cooperação em energia, comércio e tecnologia, inclusive em inteligência artificial. Ele também suspendeu restrições à cooperação em defesa com o Azerbaijão.
Trump busca se posicionar como um pacificador global com ações em diversos conflitos, embora ainda não tenha conseguido resolver a guerra da Rússia na Ucrânia ou o conflito entre Israel e Hamas.
Sobre a Ucrânia, Trump sugeriu um diálogo direto entre Washington e Moscou, sem representantes ucranianos, e mencionou que um acordo de paz pode estar “muito perto”.