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Arquivos sobre assassinato de Kennedy mostram temor dos EUA de avanço do comunismo no Brasil

Documentos recém-divulgados revelam o envolvimento dos EUA na política brasileira durante a Guerra Fria, destacando o monitoramento de figuras como Leonel Brizola. A CIA investigou tentativas de influência de Cuba e China no país, especialmente antes do golpe de 1964.

Documentos sobre o assassinato de JFK revelados pelo governo de Donald Trump mencionam o Brasil no contexto da Guerra Fria, destacando a influência de Cuba e China na América Latina.

Mais de 2.000 arquivos foram tornados públicos em 18 de outubro, com a promessa de liberar mais de 80 mil páginas adicionais em breve. Os documentos incluem investigações da CIA e de outros departamentos dos EUA, focadas em conter o comunismo no continente.

Um dos documentos revela que a CIA monitorava políticos brasileiros, como Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, que recusou ajuda de Cuba e China durante a transição política após a renúncia de Jânio Quadros em 1961. Brizola temia que essa ajuda prejudicasse as relações dos EUA com o Brasil.

A renúncia de Jânio levou à presidência de João Goulart, que foi deposto no golpe de 1964. Um relatório da CIA afirma que Cuba tentava aumentar sua influência no Brasil, fornecendo apoio a grupos comunistas e atividades subversivas.

Antes do golpe, Cuba operava por meio de sua missão no Rio de Janeiro, colaborando com camponeses no Nordeste brasileiro e outros grupos associados a Brizola. No entanto, o golpe foi considerado uma grande derrota para Cuba.

Os documentos evidenciam o forte acompanhamento dos EUA sobre a instabilidade política na América Latina. Em 1963, JFK considerou a possibilidade de intervenção militar para depor Goulart, embora o apoio diplomático tenha sido suficiente para a queda do governo.

O assassinato de JFK, cercado por teorias da conspiração, resultou na conclusão de que Lee Harvey Oswald foi o único responsável, apesar de inquéritos posteriores sugerirem que ele poderia não ter atuado sozinho.

  • Brizola recusou ajuda de Cuba e China; liderava esforços por sucessão de poder no Brasil após renúncia de Jânio Quadros.
  • Operação cubana significativa: propaganda no Brasil e apoio a "subversivos latino-americanos".
  • Golpe de Estado em 1964: grande derrota para Cuba, que enfrentava revezes políticos.
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