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As armas do Brasil contra tarifas de Trump: 'Retaliar seria suicídio'

Brasil se prepara para possível retaliação às tarifas de Trump, avaliando ações em propriedade intelectual. Especialistas alertam que a resposta deve ser cautelosa para evitar uma guerra comercial prejudicial.

Tarifas de Importação nos EUA: O governo de Luiz Inácio Lula da Silva estuda como responder à nova tarifa de 10% imposta por Donald Trump, que começará a valer em 5 de abril.

A medida afeta todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos, sendo parte de uma política mais ampla de aumento de tarifas a vários países.

Especialistas acreditam que o Brasil possui uma "arma poderosa" para negociação, podendo ameaçar os EUA com retaliações na área de propriedade intelectual, como quebra de patentes e suspensão de royalties. Essa possibilidade foi autorizada por uma nova lei brasileira.

Embora a retaliação seja uma ferramenta de pressão, especialistas aconselham cautela, pois isso poderia levar a uma guerra comercial.

Os EUA, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, acumulam saldos positivos nas trocas comerciais, mas o rombo tem diminuído. Em 2022, as exportações brasileiras para os EUA foram de US$ 40,4 bilhões.

A tarifa de 10% é inferior à aplicada a outros países, como China (34%) e União Europeia (20%). Trump justificou que busca reciprocidade nas tarifas.

O governo brasileiro planeja negociar com os EUA, considerando também ações na OMC e aplicando a nova lei aprovada no Congresso.

Entre as ações possíveis, há a ampliação de taxas de importação, embora isso possa encarecer insumos essenciais para a indústria brasileira e prejudicar sua competitividade.

A gestão Trump já impôs uma taxa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, que têm grande impacto nas exportações brasileiras.

Embora o Brasil aplique tarifas mais altas sobre produtos dos EUA em média, alguns itens importantes têm tarifas zeradas. A tarifa média sobre importações dos EUA foi de 11,3% em 2022.

Estimativas indicam que a elevação igualitária das tarifas nos EUA resultaria em uma redução de cerca de US$ 2 bilhões nas exportações brasileiras.

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