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As finanças do Vaticano que o papa Leão XIV acaba de herdar

Papa Leão XIV promete continuidade nas reformas de inclusão e diálogo do pontificado de Francisco, enquanto enfrenta os desafios financeiros da Igreja. Com déficits crescentes, ele buscará um equilíbrio entre missionar e manter a saúde econômica do Vaticano.

Papa Leão XIV, eleito em 8 de outubro, promete continuidade do legado de Francisco em uma Igreja inclusiva e dialogante.

Seu desafio inclui a conciliação entre progressistas e conservadores no Vaticano e a manutenção do equilíbrio financeiro da instituição.

O papado de Francisco trouxe reformas, como maior transparência e eficiência na gestão do Banco do Vaticano (IOR), que em 2023 gerenciava 5,4 bilhões de euros em ativos e teve lucro de 30,6 milhões de euros.

No entanto, o retorno sobre patrimônio (ROE) do IOR foi de apenas 4,8%, consideravelmente inferior a grandes bancos brasileiros.

O Vaticano, por sua vez, enfrentou um déficit operacional contínuo, alcançando 83,5 milhões de euros em 2023, com receitas de 1,152 bilhão de euros e despesas de 1,236 bilhão de euros.

Francisco já havia ordenado um cronograma para atingir o déficit zero e alertado sobre o rombo no fundo de pensões, estimado em 1,5 bilhão de euros.

Enquanto cardeais dos EUA e Alemanha discutem as finanças, alguns consideram a preocupação secundária em relação à missão espiritual da Igreja.

O historiador Rodrigo Coppe enfatiza que as questões financeiras são inevitáveis, afirmando que "todas as questões de missão também envolvem a questão econômica".

Em 2023, foram alocados 370,5 milhões de euros para a Missão Apostólica, com 39% destinados a apoiar igrejas em dificuldades e 13% para evangelização.

Coppe acredita que o novo papa, com experiência na Cúria Romana, deve saber lidar com questões econômicas essenciais para a missão da Igreja.

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