As linhas de defesa que restam para o seu dinheiro
A alta inesperada da taxa de juros do crédito consignado gera preocupações sobre a eficácia do novo programa do Banco Central. Especialistas alertam que a falta de educação financeira pode levar a decisões financeiras precipitadas entre consumidores vulneráveis.
A vida financeira dos brasileiros enfrenta desafios. A tecnologia facilitou o acesso a crédito, mas também permite decisões ruins sem intermediários. A educação financeira torna-se essencial para mitigar riscos.
Recentemente, o Banco Central divulgou dados sobre a taxa de juros do crédito consignado, que subiu de 3,08% para 3,94% ao mês em abril. Isso contradiz a expectativa de redução com o novo programa.
A experiência de simulação mostrava taxas de 3,04% ao mês, mas ofertas reais variaram bastante. A Caixa ofereceu a melhor taxa de 2,59%, enquanto outras propostas tinham taxas entre 3,62% e 7,99%.
A falta de um teto para a taxa de juros levanta preocupações. Pessoas desesperadas podem aceitar ofertas prejudiciais, enfatizando a necessidade de educação financeira e regulamentações eficazes.
O segundo problema envolve investimentos. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) enfrenta dificuldades para regular ofertas internacionais, como CFDs e Forex, reconhecendo que suas ações são limitadas.
A educação financeira fornecida por influenciadores digitais tem sido a principal defesa, mas muitos possuem conflitos de interesse.
Fernando Torres é editor-executivo do Valor