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As 'lojas de conveniência' que ajudam a combater a solidão na Coreia do Sul

Inauguradas para combater a solidão, as lojas de conveniência acolhedoras de Seul atraem milhares de visitantes em busca de contato humano. Com um ambiente semelhante a um café, elas oferecem um espaço seguro para aqueles que se sentem isolados em uma sociedade cada vez mais competitiva.

Loja de Conveniência Acolhedora em Seul tem atraído jovens e idosos que buscam combater a solidão.

Hee-kyung, uma jovem de 29 anos, visita diariamente a loja para pegar macarrão instantâneo gratuito e socializar, pois perdeu contato com a família e amigos. Ela se junta a cerca de 20 mil visitantes que frequentam as quatro lojas inauguradas em março deste ano.

O local de Dongdaemun recebe entre 70 e 80 pessoas diariamente, com um público principalmente na faixa de 40 a 50 anos, mas também inclui jovens. Um estudo de 2022 revelou que 130 mil adultos jovens em Seul estão socialmente isolados.

A loja foi criada para oferecer um ambiente similar a um café, buscando amenizar o forte isolamento social que afeta a cidade. Ela se tornou um espaço onde as pessoas se reúnem para assistir filmes e compartilhar experiências, com Kim Se-heon afirmando que a loja incentiva a união.

As dificuldades econômicas e sociais, como o aumento de famílias monoparentais e a migração para as cidades, contribuíram para o crescimento da solidão. A solidão se tornou uma questão prioritária para a administração de Seul, com um número crescente de "mortes solitárias" despertando preocupação.

As lojas também se propõem a combater o estigma associado ao pedido de ajuda, oferecendo um ambiente acolhedor e reduzindo a impressão de que se trata de um espaço psiquiátrico.

Sohn, um visitante frequente, expressa como o espaço é necessário para aqueles que enfrentam a solidão, e Hee-kyung passa a interagir e se conectar mais. A iniciativa é um passo em direção à construção de uma rede de apoio social.

As "lojas de conveniência" refletem a evolução de uma sociedade que enfrentou grandes mudanças. Com um terço dos adultos coreanos sem suporte social, o projeto se mostra uma resposta vital para um problema crescente.

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