As oportunidades que as tarifas de Trump geram para a América Latina, segundo a Cepal
A Cepal destaca que, apesar das tarifas, a América Latina apresenta vantagens competitivas em relação a outros parceiros comerciais dos EUA. O foco nas exportações de agronegócio e produtos primários pode impulsionar o crescimento da região nos próximos anos.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) sinaliza novas oportunidades de exportação para a região em relação aos Estados Unidos, apesar das tarifas impostas por Donald Trump.
O secretário executivo da Cepal, José Manuel Salazar-Xirinachs, afirma que a perspectiva da América Latina é melhor do que a de outros principais parceiros comerciais do EUA, como China e União Europeia.
Ele destaca que, mesmo com tarifas piores do que no início do ano, essas tarifas são mais vantajosas do que as enfrentadas por outros países: 15% a 25%.
As exportações da região se concentram em hidrocarbonetos e produtos isentos de aumentos tarifários, como cátodos de cobre do Chile. Assim, novas oportunidades surgem no agronegócio e produtos primários, como:
- Café
- Camarão
- Vinho
- Têxteis e vestuário (América Central)
- Mineração e metais básicos (América do Sul)
A Cepal projeta um crescimento de 2,2% para a região em 2025, impulsionado pela Argentina e Equador.
Salazar-Xirinachs também comenta o impacto das tarifas de 50% sobre o Brasil, que será sentido principalmente nas exportações agrícolas, afetando produtos como:
- Café
- Carne bovina
- Açúcar de cana
Além do Brasil e do México, outros países latino-americanos enfrentam tarifas altas, como:
- Nicarágua (18%)
- Bolívia, Costa Rica, Equador, Guiana, Trinidad e Tobago e Venezuela (15%)